Da Fórum, 13 de outubro 2025
Por AFP
O Hamas entregou, nesta segunda-feira (13), os primeiros sete dos 20 reféns israelenses sobreviventes a representantes da Cruz Vermelha em Gaza, provocando uma explosão de alegria em Tel Aviv, onde uma multidão se reuniu para apoiar as famílias dos sequestrados.
De acordo com o cessar-fogo intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após dois anos de guerra, o Hamas deve libertar todos os reféns sobreviventes nesta segunda-feira, em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
As libertações ocorreram enquanto Trump viajava para a região para participar de uma cúpula de paz, após declarar que a guerra estava “terminada”.
“De acordo com informações fornecidas pela Cruz Vermelha, sete reféns foram transferidos para a custódia da organização e estão a caminho das forças das FDI e do ISA na Faixa de Gaza”, afirmaram os serviços militar e de segurança israelenses.
“As FDI estão preparadas para receber mais reféns, que devem ser entregues à Cruz Vermelha ainda hoje.”
Em Tel Aviv, centenas de pessoas reunidas na Praça dos Reféns comemoraram com gritos e aplausos ao saber das primeiras libertações.
Em 7 de outubro de 2023, militantes capturaram 251 pessoas durante o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, que resultou na morte de 1.219 pessoas — a maioria civis.
Todos, exceto 47 reféns, foram libertados em tréguas anteriores. As famílias dos que permaneciam em cativeiro viviam em constante angústia e preocupação.
Em Gaza, o cessar-fogo também trouxe alívio, mas, com grande parte do território devastada pela guerra, o caminho da reconstrução será longo.
“Voltei a Sheikh Radwan com o coração tremendo”, contou à AFP a moradora Fatima Salem, de 38 anos, ao retornar ao seu bairro na Cidade de Gaza.
“Meus olhos procuravam por pontos de referência que desaparecera — nada parecia igual, nem mesmo as casas dos vizinhos existiam mais.
Apesar do medo e do cansaço, senti que estava voltando ao meu lugar seguro. Senti falta do cheiro da minha casa, mesmo que agora seja apenas entulho. Vamos montar uma tenda ao lado e esperar pela reconstrução.”
De acordo com o cessar-fogo intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após dois anos de guerra, o Hamas deve libertar todos os reféns sobreviventes nesta segunda-feira, em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
As libertações ocorreram enquanto Trump viajava para a região para participar de uma cúpula de paz, após declarar que a guerra estava “terminada”.
“De acordo com informações fornecidas pela Cruz Vermelha, sete reféns foram transferidos para a custódia da organização e estão a caminho das forças das FDI e do ISA na Faixa de Gaza”, afirmaram os serviços militar e de segurança israelenses.
“As FDI estão preparadas para receber mais reféns, que devem ser entregues à Cruz Vermelha ainda hoje.”
Em Tel Aviv, centenas de pessoas reunidas na Praça dos Reféns comemoraram com gritos e aplausos ao saber das primeiras libertações.
Em 7 de outubro de 2023, militantes capturaram 251 pessoas durante o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, que resultou na morte de 1.219 pessoas — a maioria civis.
Todos, exceto 47 reféns, foram libertados em tréguas anteriores. As famílias dos que permaneciam em cativeiro viviam em constante angústia e preocupação.
Em Gaza, o cessar-fogo também trouxe alívio, mas, com grande parte do território devastada pela guerra, o caminho da reconstrução será longo.
“Voltei a Sheikh Radwan com o coração tremendo”, contou à AFP a moradora Fatima Salem, de 38 anos, ao retornar ao seu bairro na Cidade de Gaza.
“Meus olhos procuravam por pontos de referência que desaparecera — nada parecia igual, nem mesmo as casas dos vizinhos existiam mais.
Apesar do medo e do cansaço, senti que estava voltando ao meu lugar seguro. Senti falta do cheiro da minha casa, mesmo que agora seja apenas entulho. Vamos montar uma tenda ao lado e esperar pela reconstrução.”
“A guerra acabou. Certo?”
A visita relâmpago de Trump a Israel e ao Egito tem como objetivo celebrar seu papel no cessar-fogo e no acordo de libertação dos reféns — mas ocorre em um momento delicado, enquanto Israel e Hamas negociam os próximos passos.
Pelo plano proposto pelo presidente americano, após o Hamas entregar todos os reféns sobreviventes, Israel libertará cerca de 2 mil prisioneiros em troca.
Segundo o porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel espera que todos os 20 reféns vivos sejam entregues à Cruz Vermelha “no início da manhã de segunda-feira”.
Falando a jornalistas a bordo do Air Force One antes da “visita muito especial”, Trump minimizou preocupações sobre a durabilidade do cessar-fogo:
“Acho que vai se manter. Acho que as pessoas estão cansadas disso. Já são séculos”, afirmou sobre o conflito.
“A guerra acabou. Certo? Entendeu?”, acrescentou o presidente dos EUA.
Em Israel, Trump deve se encontrar com famílias de reféns antes de discursar no Parlamento, em Jerusalém.
Detalhes finais
A viagem representa também uma espécie de vitória pessoal para Trump, que anunciou em setembro um plano de paz em 20 pontos e foi um dos articuladores do acordo de Gaza.
“Todos estão muito animados com este momento histórico”, declarou Trump antes de embarcar na Base Aérea de Andrews, perto de Washington.
Negociadores ainda discutiam, até tarde de domingo, os últimos detalhes das trocas. Duas fontes do Hamas disseram à AFP que o grupo insistia na inclusão de sete líderes palestinos sêniores na lista de libertações — algo que Israel já havia rejeitado ao menos uma vez.
Mesmo assim, as fontes confirmaram que o grupo e seus aliados “concluíram todos os preparativos” para entregar todos os reféns vivos. Israel não espera receber os corpos de todos os reféns mortos nesta segunda-feira.
Pelo acordo, o Hamas também entregará os restos mortais de um soldado israelense morto em 2014, durante uma guerra anterior em Gaza.
Entre os prisioneiros palestinos a serem libertos, 250 são detentos por motivos de segurança — muitos condenados por matar israelenses — e cerca de 1.700 foram capturados pelo Exército israelense durante a guerra.
Cúpula da Paz
Após visitar Israel, Trump seguirá para o Egito, onde, ao lado do presidente Abdel Fattah al-Sisi, co-presidirá uma cúpula com mais de 20 líderes mundiais para apoiar seu plano de paz e encerrar a guerra em Gaza.
Trump buscará resolver as incertezas em torno das próximas etapas do plano — como a recusa do Hamas em se desarmar e a falta de compromisso de Israel em realizar uma retirada completa do território devastado.
O presidente afirmou possuir “garantias” de ambas as partes e de outros atores regionais sobre a primeira fase e as etapas seguintes do acordo.
Trump também declarou que teria “orgulho” em visitar Gaza, embora não tenha informado quando tal desafio de segurança seria possível.
Pelo plano, uma nova autoridade administrativa para a devastada Faixa de Gaza — que seria chefiada pelo próprio Trump — seria criada “muito rapidamente”.
Com a retirada parcial de Israel, uma força multinacional substituiria o controle local, coordenada por um centro de comando liderado pelos EUA e sediado em Israel.
A campanha de Israel em Gaza já deixou ao menos 67.806 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas, números considerados críveis pela ONU.
Os dados não distinguem civis de combatentes, mas indicam que mais da metade das vítimas são mulheres e crianças.
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