O projeto de autoria de Lindbergh, já aprovado no Senado, está em tramitação na Comissão de Cultura da Câmara e é relatado pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).
“É preciso repudiar com veemência a nota da Marinha do Brasil contra a inclusão de João Cândido no Panteão dos Heróis Nacionais”, disse o parlamentar.“É um absurdo que o almirante Olsen defina João Cândido como um mero ‘insurgente’ e classifique a revolta legítima da Chibata como ‘deplorável página da história nacional’, completou.
“Deplorável página da história nacional” eram castigos físicos, PROIBIDOS com a proclamação da República em 1889, continuarem sendo prática corrente 21 anos depois na Marinha do Brasil, que punia homens negros e pardos de baixa patente, considerados indisciplinados”, criticou Lindbergh.
“A homenagem tem não só o objetivo de valorizar nossas figuras negras históricas, de modo a promover uma reparação pelo triste capítulo da escravidão, mas também de trazer o legado do povo negro e o enfrentamento inadiável ao racismo institucional tão presente na sociedade”, explicou o deputado.
“A inclusão de João Cândido no Panteão dos Heróis Nacionais é urgente e necessária e a nota da Marinha é INACEITÁVEL. Não vamos construir um país justo e verdadeiramente democrático fugindo das nossas trágicas injustiças e desigualdades. ‘Remoer o passado’ é necessário para corrigir o racismo estrutural ainda presente na nossa sociedade”, defende o autor da proposição.
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